Palavras para quê quando tu já disseste tudo?
Chamas-me mentirosa, emo e egocêntrica e egoísta...
Tentei que me desses o teu perdão mas só recebo palavras amargas
Confesso, perdi.
Perdi porque não consigo ter uma conversa ao ouvir a tua voz,
O desprezo nela posto.
Desisto porque quem ama fá-lo quando melhor.
Melhor amigo, irmão,
Foste, és-me tanto.
Parti, numa viajem sem regresso pelo meu eu
Onde o que sinto vai permanecer intacto,
Onde a dor de te perder se mantém sólida.
Pensar no que fiz,
Rancor esse que guardas de mim,
Lembrança que não esquecerás,
Tão pouco eu, perdida nas vagas memorias dos sorrisos,
Sorrisos, gargalhadas, bons momentos.
Prometo não esquecer...
Não esquecer o que me foste,
Não esquecer o que me disseste,
Não esquecer quando me magoaste
Não esquecer quando te perdoei
Não esquecer que não o fizeste.
No entanto levo-te comigo,
Numa viajem sem fim pelas memorias existentes em nos.
Fujo da dor que me causas.
Mas sobretudo,
Fujo para viver e não esquecer de ti.
Ainda sou tudo aquilo que me chamaste?
Ainda sou desprezível?
Ainda sou a tua irmã?
Ainda sou eu?
Assim me despeço, numa carta sem retorno
Onde o tu, o eu, o nós jamais será esquecido por mim.
Assim me despeço até que o rancor não exista,
Até ao dia em que sorrirei tanto como antes,
Até ao dia em que voltes a existir...
Dunno_Krad
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