quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Happy New Year!


     


2011 está no fim e nada melhor que relembrar os momentos mais marcantes.
     Este ano conheci imensas pessoas novas que me marcaram e espero que continuem na minha vida por muito, muito tempo: o Riru, o Gomes, a Rita Carvalho, a Chibi, a Adrii, a Dii, a Juju, a Jane, a Ceci, a Kat (apenas pessoalmente, mas estavas comigo à muito mais tempo <3), o Alex, a Momo (também apenas pessoalmente, já lá vão 4 aninhos), a Chie, o Emanuel, o Marco, a Joana (namorada), a Carina (sobrinha), o Carlos (Kid), a Maria (Misaki), a Soraia Machado (também apenas pessoalmente :D) e o Carlos (namorado), espero não me ter esquecido de ninguém, mas se me esqueci, peço imensa desculpa e façam comentário com a reclamação xD
     Continuei com amizades fantásticas e únicas: Ana (Shinobu), Rui (Kei), Tony, Sara, Inês, Joana Neves, Phii, Ariana, Mario, Nesi (filha) e mais uma vez se me esqueci de alguém, reclamem xD
     Reatei amizades que achava que estavam perdidas: Meru (e + alguém, mas não me lembro ._.)
     Comecei a Namorar.
     Fiquei doente imensas vezes.
     Fui viver para Lisboa e voltei para Tavira.
     Ri.
     Diverti-me.
     Fui a eventos.
     Chorei.
     Cai.
     Fui contra postes.
     Fiz parvoíces e asneiras.
     Enfim, fui eu, juntamente com todos vocês.
     Obrigada por estarem na minha vida e espero que fiquem para sempre cá!
 Beijinhos e Feliz 2012!

                                 Dunno Krad

terça-feira, 15 de novembro de 2011

I miss you again



    Tudo começa com um olá, sorrisos e uma primeira impressão.

    Depois vem as conversas e o descobrimento um do outro.

    De seguida vem o apoio, abraços e as lágrimas derramadas.

    No momento a seguir vem a paixão avassaladora.

    Essa paixão poderá seguir dois caminhos, o caminho em que se transformará em amor e o que se transformará em desejo unicamente carnal.

    Se seguir o amor poderá seguir novamente dois caminhos, o caminho em que o amor é mutuo e o caminho em que apenas uma das partes está interessada.

    Se, por outro lado seguir o caminho do desejo carnal, mil e uma coisas podem acontecer, uma delas é sair magoado.

    Depois desta fase, segue-se o afastamento, em que ambos se afastam e tentam não falar um com o outro para se fazerem de fortes para mostrar que vivem muito bem um sem o outro.

    Por fim chega a mágoa do tempo perdido, voltam as lágrimas mas os abraços já não existem mais, as conversas acabaram e tudo o que havia para ser dito já o foi, deixando apenas um rasto das suas palavras no passado.

    Então chega a saudade. Saudade essa que deixa com que chores à noite, que olhes o céu com estrelas e penses que por mais que digas que não te faz falta ela precisa de estar ali.

    Tudo isto pela simples razão de saberes que ela não vai falar contigo por mais meses que se passe a menos que um dia, por acaso, te encontre na rua e seja inevitável haver contacto.

    E então suspiras e segues em frente pois sabes que ela não vai abrir os olhos e procurar-te. 



    Esta é a vida normal de uma pessoa.

    Esta é a única maneira de abrir os olhos a ela.

    Esta é a minha maneira de dizer "sinto a tua falta!"



"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, canta, chora, dança, ri e vive intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos." Charles Chaplin

domingo, 23 de outubro de 2011

love is... (Let go)



Um dia alguém me disse que amar era muito mais do que aquilo que eu sabia. Amar era muito mais do que alguém já havia presenciado. Amar é diferente para todos. Amar tinha muitos significados e nenhum em concreto.
Amar deixara de fazer sentido. Dizer "amo-te" deixou de ter qualquer significado.
Cantar canções de amor era algo que deixava de ter qualquer sentido, pois amar já não era amar.
E quando uma rapariga começou a sua busca pela palavra amor acabou por se perder numa infinidade de sentimentos que não eram mais que a mera mentira do mundo.
Dizer que existe uma cara-metade, uma alma gémea, agora sabia-se ser mentira, sabia-se não existir mais num mundo de dúvidas.
Há quem diga que amar é sentir falta da pessoa amada, é chorar por ciúme, é querer ter a pessoa por perto durante muito tempo e sofrer e sentir-se vazio quando ela se vai embora. Mas amar deixou de ser algo profundo quando deixou de ser vivido com intensidade.
Finalmente o mundo parou por algumas horas e reflectiu sobre isto. Amor. Amor. Amor.
- Porque me fazes apaixonar por ti se me vais fazer sofrer e chorar?
- Para que aprendas com os teus erros e cresças mais forte. Para que saibas que amar não é o que sentes agora, que amar não é chorar porque me vou embora ou sorrir quando me vês. Não é mais olhares para mim e sentires o coração bater. Amor é quando é mútuo, dizer que se ama verdadeiramente alguém é quando ambas as partes se unem e se sentem uma só. E isso não é o que acontece connosco e tu sabe-lo. Deixa-me ir e vive.
E foi ai que aprendi que amar-te não era o que devia fazer, e foi ai que percebi que era um adeus. E foi ai que chorei por dias e depois percebi que não havia nada a fazer.

E foi ai que o amor morreu, pois nunca havia existido em nós.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Letter to U

Lágrimas. 
Lágrimas desceram pela minha cara, esperando que o final viesse.
Percebi que estava farta de continuar a correr pela única coisa que ainda me fazia sorrir e subitamente sucumbi ao desejo.
Esqueci-me de como era poder sorrir e passei a não o querer mais.
Esqueci-me de como era bom poder falar e sentir-me bem.
Simplesmente esqueci.
E agora aqui sentada sei que já não sei mais nada, sou um homúnculo, sem alma, sem nada mais.
A vontade de viver atravessou o horizonte e evaporou.
Então o brilho do metal contrastou no vermelho que jazia no chão.
Um mar de vermelho mandava para trás das costas tudo o que um dia fui ou o que podia ter vindo a ser.
O mundo apagou.
A visão ficou preta, o cheiro deixou de se sentir, nenhum ruído se fazia ouvir.
Deixei de sentir. Deixei de sentir o ódio súbito que sentia de ti.

__________________________________________________________________ 

Poderei dizer a mim mesma que esta seria a carta de despedida que vos deixaria, mas será?
Será que poderia fazer-me apagar deste mundo como se nunca tivesse cá estado? Seria possivel deixar este mundo e todos continuarem a viver as suas vidas como se eu jamais houvesse aparecido? Estas questões suscitam a minha curiosidade, e um dia bom passou a um dia horrivel. A descoberta de certas e determinadas coisas acabam por me fazer desejar as coisas mais bizarras. E Hoje, perto de cometer mais uma das minhas loucuras, chorei como nunca tinha chorado, e cai na realidade de que não há. Cada palavra em si tem mil e um significados, mas creio que nenhum dos leitores saberia escreve-los. Porque esta carta é para alguém e ninguém em especial. Porque a minha vida não é essencial. Porque quando eu precisei não estiveste lá, mas mais uma vez fui estúpida e não vi isso. Porque quando eu precisei de chorar não estiveste. Quando me senti a morrer, não estiveste lá. Porque quando sangue escorreu por entre os meus poros não estiveste lá. Agora diz-me, alguma vez estiveste lá? Choraste comigo? Gritaste quando havia sangue no chão? Provaste ser um amigo? Provaste ser importante? E a questão mais importante, achas merecedor de tudo aquilo que já passei por ti?
Estas e tantas outras perguntas eram as que eu gostava de ver respondidas.
Perguntaste se esta carta é para ti? Pois se achas, é porque te identificas com algum dos factos ali escritos.
Esta pode ser bem uma carta de despedida, se é ou não, só eu sei.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Lisboa, a Cidade sem Estrelas

Sentei-me no muro alto à beira do penhasco, olhei com os meus pequenos olhos o mundo à minha frente e, por fim, suspirei.
A mente cansada não resistia ao carinho do vento e os meus cabelos vermelhos ondulavam ao sabor do seu maravilhoso canto, levando-me para os mais longínquos caminhos onde os meus sonhos mais irrequietos se encontravam.
Ah! Como eu dava o céu para poder ouvir o que o mundo me diz, para não ser parva ao ponto de cair, mas sim de olhar à volta e ver com olhos de gente o que me rodeia. Luz, cor, pessoas, e até mesmo o que não se pode ver ou sentir.
Olhei o céu sem muita atenção pensando em como os seres humanos não têm noção do que estão a perder, o desabrochar das flores, o canto do vento, o sorriso da lua e o carinho aconchegante do sol.
O sol despertava por trás da maravilhosa cidade e, por fim os meus olhos se abriram para a dura realidade.
Lisboa, era a cidade sem estrelas.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Solidão

E a saudade aperta.
Aperta porque no fundo nunca foi mais que isso, mera saudade vivida com todo o meu ser. E fechando os olhos percebo que nem sequer estou perto do que devia estar.
Desejei viver num sitio sozinha e ao mesmo tempo repleta de amigos, onde teria a liberdade de ser eu a escolher o que queria e a ir onde queria às horas que quisesse. Hoje, pouco tempo depois de ter o sitio a que chamo “casa” a saudade aperta e desejava poder ser duas pessoas ao mesmo tempo para poder continuar a viver o meu sonho e ao mesmo tempo estar perto da minha verdadeira casa.
Sim, é verdade que não moro sozinha, mas por entre estas portas e janelas existe algo a que eu posso chamar casa e algo a que não dou definição alguma. Porque mesmo vivendo com outras pessoas, mesmo dizendo a mim mesma que eu sou feliz aqui, não consigo mais definir a felicidade por entre os devaneios que me ocorrem, a vontade súbita de sair daqui, fugir e nunca mais voltar está a atravessar o meu ser como nunca antes o fez.
O olhar, o sorriso, o gesto. Tudo isto é preciso para que eu consiga estar aqui e ser feliz, mas o olhar nem sempre está, pois o meu tempo é passado fechada entre quatro paredes, o sorriso, exactamente pela mesma razão, não aparece e o meu deixou de ser verdadeiro ao ponto de me deixar chorar por horas até adormecer e o gesto… bem, o gesto não está presente em nenhuma parte do dia.
Conhecer pessoas novas, criar amizades… de que nos serve se continuamos fechados entre quatro paredes, com vontade de fugir e nunca mais regressar ao mundo com que sempre sonhei.
Sonhei e cai. Apaixonei-me e voltei a cair, e como um amigo me disse à poucos dias, o pior do amor é fall in love e a pessoa amada não nos agarrar.
E hoje cai no meu próprio silêncio, procurando um pouco de som, o canto dos pássaros e os risos das crianças… Nada ouvi.
Porque no meu novo mundo, só as lágrimas caem, só o choro canta, só a solidão aperta.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Wishing




Há tanta coisa que eu desejava por vezes durante a noite, na escuridão da noite, quando olho para as estrelas cintilantes para mim como o meu único raio de luz.
Quantas vezes abracei as pernas e pensei em como a vida podia ter sido diferente se um dia tivesse sido mais calma, mais racional e não ter errado tantas vezes.
Quantas vezes pensei no que ele me disse, do que ele me fez ao me pedir para ser simplesmente eu mesma e que continuaria a amar-me, mesmo eu o tendo avisado que ele se afastaria com a rebelião que existe em mim.
Quantas vezes me magoaram e eu deixei que me magoassem porque dizia a mim mesma que um dia eu iria receber uma compensação pelo que me estava a acontecer.
Quantos dias passei acordada por alguém que fazia sorrir para no momento a seguir me fazer chorar.
Quantas vezes desejei encontrar a pessoa em que me apaixonaria mal olhasse para ela, e quando isso aconteceu nada mais foi feito, o dia continuou a andar, a terra continuou a girar e eu continuei parada a pensar no que mais desejar.
Depois desejei que nada tivesse acontecido, desejei voltar atrás no tempo, mudar acontecimentos, ficar com ele para sempre, e não conhecer os outros.
Desejei sempre o impossível e agora vivo apenas o que pode ser o possível, vivendo com sentimentos ligados a alguém que não mais pode ajudar-me, vivo contando os dias para acontecer milagres e ser realmente alguém.
Um dia desejarei novamente desaparecer, desejarei que tu desapareças e que a minha próxima aventura se desvaneça.
Porque eu sou assim, sonhadora.
E os sonhadores acabam por cair um dia.
Mas até lá vou desejar às estrelas, desejar o impossível.
Depois vou rir do que desejei e voltar a desejar o que nunca irá acontecer.
Porque eu sou assim, sonhadora.
E tu nunca me conhecerás realmente.

"Wishing upon a star"

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Portugal








Quando era mais nova só queria sair de Portugal, achava que o meu país era a maior porcaria que existia, queria formar a minha vida fora daqui, pois achava que Portugal era vergonhoso, e nessa altura nem sequer estava a passar por grandes dificuldades como isso. Era um país sem problemas, onde as pessoas eram simpáticas e tentavam ajudar-se mutuamente. Mas eu era uma miudinha estúpida e não compreendia bem as coisas idiotas que dizia. Baseava-me no que via do estrangeiro na televisão e queria isso para mim.
Hoje, quero viver no meu país, quero trabalhar pelo país que me viu crescer e mostrar a todos os que um dia disseram mal dele que é o melhor país de sempre. Quero trabalhar por Portugal e fazê-lo crescer. Hoje, ao ver o meu querido Portugal a passar pelo que está a passar é que me apercebo que Portugal é dos melhores países do mundo, e podem dizer o contrário se quiserem, eu sempre terei ORGULHO em PORTUGAL.
Sou portuguesa e tenho ORGULHO em sê-lo.
Meu Portugal, minha pátria, minha vida! :)

O texto pode ser pequeno, mas mesmo com muitas palavras nunca conseguiria dizer o que sinto por aquilo que é realmente meu. :)

Portugal para sempre <3


quinta-feira, 28 de julho de 2011

Lies, You, Me



Minto a mim mesma.
Minto porque digo que vou esquecer e seguir. Quando o que vai na minha mente é ter mais um beijo e mais um toque.
Minto porque digo a mim mesma que não preciso de ti, quando simplesmente por te esqueceres de mim me sinto perdida no meu mundo.
Minto porque digo que sou feliz se estiver livre, porque adoro o calor de estar presa.
Minto porque digo que não preciso de ninguém para ser feliz, quando só desejo sentir-me amada por alguém.
Vivo num mundo de mentiras, mentiras que não vêm só de mim como dos outros.
Quando me fazem promessas e não as cumprem.
Quando me esquecem.
Quando me fazem sentir como se eu fosse nada.
O mundo mente, eu minto-me, tu mentes-me.
Habituei-me à mentira, habituei-me a ser esquecida e lembrada apenas quando sou precisa.
Continuo a seguir a minha vida, a pensar em como não consigo tirar-te da cabeça, mentindo-me. Digo que já não és nada, quando ainda és tudo. Digo que estou a caminhar, quando estou parada.
Não, não estou triste. Sinto-me feliz.
Não, não choro. Sorrio.
Porque eu mudei, porque eu não posso mais conter tamanhas mentiras. Porque o mundo continua a girar por mais que eu sofra por amor, por mais que chore, por mais que grite, não vai mudar o que sinto nem fazer com que me sinta mais feliz. Sorrir.
Por mais que o meu coração chame por ti e implore por te ouvir ou ver, eu não chamarei.
Sorrirei, sobreviverei. 
Porque em mim estão as promessas que um dia te fiz. (Be Happy)
Em mim está tudo o que te disse. (I Love You)
Em mim vive tamanho carinho por ti. (I Need You)
Em mim vive a menina que tem saudades de todos os sorrisos, em todas as parvoíces que fez, em todos os momentos loucos, contigo. (I Miss You)
Um dia, quem sabe um dia, possa sorrir e acreditar novamente que posso ser amada como um dia pensei que fosse. (Remember Me)
Um dia, talvez um dia.


«You can't see me, like I see you»

«I can't have You, like You have me»

«You can't feel me, like I feel You»

«I can't steal You, like You stole me»

sexta-feira, 15 de julho de 2011

I still need you



    No dia em que me mostrares a tua face perfeita tentarei de todo me livrar do feitiço que me prende a ti de maneira selvagem, esquecendo os meus princípios.
    Selvagem é a maneira correcta que vejo quando os teus olhos verdes percorrem a minha pele até alcançar os meus próprios olhos.
    Avanças como se não existisse amanhã e eu recuo como se fosses a coisa mais perigosa que me apareceu à frente.
    Prendes-me entre a parede e o teu corpo e então sorris como um felino que acabou de conseguir a sua presa.
    Penso no efeito que tens em mim e como me sinto bem, mas não é o mesmo.
    Encostas a tua cabeça no meu ombro, com os teus cabelos loiros molhados manchando a minha pele seca e sinto-te soluçar.
    A tortura que vivemos cada dia, passeia por entre as nossas veias e subitamente abraço-te e tento reconfortar aquele ser que um dia fizera parte do meu ser.
    Abraças-me de retorno sussurrando um "Eu amo-te" e penso em como estamos aprisionados numa cela quadrada sem uma única janela.
    Destinados a morrer olho-te nos olhos e simplesmente sussurro "Já te amei" e vejo dares um sorriso triste e avançares para os meus lábios.
    A nossa história acabou, mas tu viverás para sempre em mim.
  
    “Don’t leave me Peter… I still need you” I said. 

    And In your smile, I've seen all the truth…
    This was a goodbye.

«Todos os dias choro pela história que podia ser minha. Na realidade ela nunca será e eu serei sempre a espectadora. Nunca desejei tanto ser a tua personagem principal. Perdoa-me..."

terça-feira, 5 de julho de 2011

Desvanecer



Sentada no chão do meu jardim, olhando o céu azul sem nuvens, a vontade de chorar era imensa.
Senti como se o tempo se esvaísse por entre os meus dedos, o meu sangue desaparecesse por entre as minhas veias e o ar desaparecesse para sempre dos meus pulmões.
Derramei uma lágrima ao pensar no fim.
Quantas vezes planeara o dia em que ia morrer?
Quantas vezes tentara fazer com que fosse perfeito, que fosse a morte perfeita.
O dia em que os pássaros cantassem mais alto, em que o céu seria mais azul, o mundo teria paz, a vida seria calma, e todos arranjariam o amor da sua vida. A guerra acabaria, a vida ganharia um tom rosa e azul, e nada mais seria a preto e branco.
Então porque é que ao sentir o meu tempo chegar sentia como se não tivesse vivido o suficiente? Como se houvesse tanto para descobrir e eu falhara tão completamente que nem conseguia lembrar mais quem era?
O coração parou.
Conseguia ouvir ao longe o som do meu cão a ladrar como se aflito com algo. Tentei sorrir e deixei de ouvir. Os meus sentidos começavam-se a perder, deixavam de existir.
A minha visão começara a desvanecer-se. Estava tudo desfocado, a árvore à minha frente, o céu começava a perder a cor.
Ah! Assim é morrer, pensei eu como um desabafo a mim mesma, Menos mal, pensei que fosse algo com muita dor.
Então lembrei-me dos que amava, magnificas pessoas que iam sofrer ao saber o que acabara de acontecer.
Olhei o meu pulso cortado, esvaindo-se em sangue, manchando a relva do jardim, dando-lhe uma cor acastanhada.
Lamentava tê-lo feito, mas não pude evita-lo. Era de mais para mim.
Era de mais ver tanta gente sofrer por coisas que não conseguia ajudar a resolver. Coisas que me deixavam impotente.
Olhei o céu mais uma vez e sussurrei ao vento um adeus seguido de um sorriso e esperei que fosse levado a todos os que amava.

« Eu vivi a vida como um estranho, não aproveitei cada momento e hoje morro sem ter vivido realmente. »

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Nova perspectiva



Parem de tentar corrigir-me, parem de tentar fazer-me seguir caminhos pelos quais querem que siga, parem de me dizer o que fazer, como respirar, como falar, como movimentar-me.
Eu quero viver como eu quiser.
Eu quero fazer as maiores parvoíces enquanto ainda tenho tempo.
Eu quero continuar a ser a "suicide machine".
Eu quero ser a rapariga que olha para algo e imagina.
Eu quero sonhar!
Que importa se caiu e me magoo?
Eu sei que estou longe da perfeição.
Eu sei que sou demasiado teimosa.
Eu sei que faço tudo à minha maneira.
Eu sei que erro.
Mas eu sou eu.
Eu vou continuar a fazer asneiras porque ainda tenho tempo.
E quando o tempo acabar, eu quero pensar que fiz o que queria ter feito.
Quero sofrer por amor.

Saltar de um sítio alto.

Cair e partir alguma coisa.

Rir como uma louca.

Sentar-me no chão de um sítio com imensa gente só porque sim.
Quero experimentar todo o tipo de dor para poder dizer a quem amo o quanto dói e o que não deve fazer.
Eu quero, eu mando, eu faço.

«Stop there and let me correct it. I wanna live my life from a new perspective.»

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Amor será sempre Amor



Sentei-me no jardim da casa a observar o mar.
Pensei em cada momento que me fizeste passar, em cada sorriso que dei contigo.
Pensei em fugir novamente, mas por fim percebi que o meu amor não irá fugir.
Depois pensei em abandonar, mas dei por mim a pensar em nós.
Pensei em ficar, mas ao mesmo tempo não me sentia eu.
Então decidi seguir.
Aí o mundo voltou a girar.
Puseste a mão no meu ombro, as ondas batiam contra as pedras fazendo uma calma reinar sobre nós.
Acariciaste-o como se soubesses que precisava de conforto. Beijaste-o e por fim abraçaste-me.
Sabias sempre onde e quando tocar-me.
Sabias quando preciso do teu apoio e dos teus braços em contacto com a minha pele, com o teu cheiro e a tua respiração compassada contra mim.
Amor.
Amor esse que existe em mim.
Amor esse que me deixa viva.
Amor esse que me ensina a viver.
Amor esse que é amizade.
Amor esse que vai viver para sempre em mim.
Mesmo depois de ter desistido.
Porque o amor, é amor.

« Mesmo quando deixar de ser tua, irei sempre pertencer-te »

quinta-feira, 30 de junho de 2011

A luz do meu sorriso (Para a minha melhor Best'a)



Um dia estava sozinha.
Não via nada para além da solidão no meu coração.
Não queria nada para além do meu próprio abraço.
Não sentia nada a não ser o frio que entrava pelo vidro partido da minha janela.
Era um vazio enorme e eu pensei nunca o ver preenchido.
Então um dia decidi levantar-me.
Conheci pessoas, corri espaços, marquei momentos, fiz memórias, senti felicidade e chorei de alegria.
Então subitamente parei novamente de me movimentar.
Achei que estando sozinha poderia viver melhor do que alguma vez vivi.
Então subitamente apareceste fazendo-me rir, dizendo parvoíces que me deixavam feliz.
Então fui ao teu encontro e contigo aprendi a sorrir mais, contigo aprendi a viver melhor, contigo aprendi o verdadeiro significado da palavra amizade.
Porque eu choro contigo.
Porque me abraças quando preciso de ser abraçada.
Porque me ouves quando é necessário.
Porque és aquela pessoa que não me importo de passar horas com, pois sei que o assunto não acaba.
Viras-te o meu mundo de pernas para o ar, mudaste um pouco da solidão que havia em mim e mandaste-a para o cú de Judas.
Um sorriso.
Uma luz.
Um amigo.
Mas principalmente, um irmão.

Obrigada por existires na minha vida, Ricardo Salavisa Simões.

(P.S - A nossa música tá cá :D)

terça-feira, 28 de junho de 2011

Duas partes de um só. (Para o Melhor amigo)



Acordei um dia e tudo tinha mudado.
O sol virou escuro.
A lua iluminava o mundo.
O frio subitamente virou calor.
O calor virou frio.
As flores nasciam no Outono.
A neve caia no Verão.
Os arrepios deixaram de ser por haver frio, começaram a ser porque existia alguém especial.
Os arco-íris deixaram de ter apenas 7 cores e passaram a preencher todo o céu.
Os sentimentos de amor passaram a ódio.
O ódio reinava no mundo, destruindo tudo e todos à sua passagem.
Então o mundo passou a ser a preto e branco.
Então entendi.
Tu eras o mal e eu o bom.
Tu eras o preto e eu o branco.
Tu eras o Yin e eu o Yang.
Tu eras o tudo e eu o nada.
Tu eras o calor e eu o frio.
E então o mundo se refez, tudo porque nós existíamos, tudo porque éramos felizes.
Tudo porque sorri.
Então, numa cama de folhas feita por deuses, dormi agarrada a ti.
E quando acordei novamente, o mundo voltara a ser o mesmo, e eu percebi que eras especial para mim.

"Melhor Amigo, obrigada por todo o apoio que me tens dado, dedico-te o texto porque sei que o vais entender como ninguém, porque sabes que és importante. Serei tua amiga para sempre, lutarei sempre por esta amizade, e espero que me sejas sempre sincero, porque sabes perfeitamente que também o serei. Adoro-te."

«Every Day You save my life»

sábado, 25 de junho de 2011

A carta de despedida

“O dia começou frio como se soubesse o que se aproximava, como se previsse o futuro, mas uma pequena rapariga ignorou todos os sinais que lhe diziam «afasta-te!», «Não vás!» e continuou a percorrer o seu caminho. Saiu da sua pacata cidade de encontro ao gigante mundo da 'cidade grande' com a finalidade de ver os amigos e a pessoa amada.
Palavras sussurradas no vento daquela manhã fizeram com que a pequena rapariga se sentisse verdadeiramente segura nos braços do rapaz que amava. Não era um passeio normal para ela. Não, de maneira nenhuma. O cheiro dele, o toque dele, a voz dele... céus! Todo ele lhe despertava um arrepio diferente numa parte do corpo. O beijo, a carícia... Como ela o amava cada vez mais e mais e mais!
Então o tempo acabou... ela voltou para os amigos, divertiu-se e por fim à noite quando ninguém estava acordado chorou por não estar perto dele.
No dia seguinte a pequena rapariga sabia que estaria com o rapaz numa noite que seria a ultima das longas noites que passaria no seu quarto sozinha, então mimou-o. Mimou-o para que ele sentisse todo o seu amor, para que ele lesse cada bocadinho da alma que o amava. Pele na pele, boca na boca, tudo tão perfeito. Cada segundo com ele parecia mais perfeito que o anterior e então o peito apertou. E enquanto ele dormia a seu lado naquela noite a rapariga tocou-lhe vezes sem conta na sua cara e cabelo e chorou por não saber se seria a ultima vez que teria a oportunidade de estar assim com o seu amado. O dia chegou depressa. O rapaz acordou, ela amou-o. E então saíram e o seu peito ficou apertado, muito mais que da última vez. Procurou sorrir, mas ao olhar para ele só pensava que se iria embora, que podia nunca mais tocar no seu rosto ou beijar os seus lábios. E, subitamente, a frase dolorosa veio "precisas de arranjar outra pessoa" e o mundo da pequena rapariga ruiu em 1001 pedaços, desesperada ela respondeu-lhe que não o ia fazer. No interior a pequena rapariga queria desaparecer, mais uma vez os seus sonhos tinham desaparecido.
A rapariga voltou para a sua pacata cidade, chorou a noite toda pelo seu amor não correspondido e desapareceu da face da terra com a promessa dele no seu coração ‘serei sempre teu amigo’."

Esta é a minha carta de despedida, esta é uma eu que teme não sentir mais nada, esta é uma eu desesperada. Sim, esta sou eu. A mulher que ama. A mulher que sofre. A mulher que luta. A mulher que morre.

Esta é uma eu capaz de te dizer finalmente o que lhe vai na alma.
Eu amo-te. 


Sim... Esta sou eu...

Com amor,
Noel Fair. 
  

P.S- Não, não  é carta de suicídio. Factos puramente fictícios, não é como se me fosse embora do mundo ou da vida de alguém.
P.S.S - Sim, a rapariga da carta continuará viva e ainda continuará a gostar o rapaz. 

segunda-feira, 20 de junho de 2011

O Relativo e o Absoluto

Vivo num mundo onde o certo e o errado é relativo.
Onde o frio e o quente é relativo.
Onde até os sentimentos são relativos.
Enfim o mundo é um lugar estranho.
Hoje, como todos os dias, levantei-me com a particularidade especial de viver mais um dia à espera do milagre que não vem. Eu e mais milhões de pessoas.
Então decidi que estava cansada, estava cansada de ouvir o que me dizem e ser uma boa menina e fazê-lo. Decidi fugir às regras! Virar o MEU mundo de pernas para o ar. Viajar sem ter destino, direcção, lugar. Não por mais restrições aos meus comportamentos.
E então se sou criança?!
E então se sou irresponsável?!
E então se tu não gostas de mim?!
Eu serei eu.
Acabou-se a menina que segue as regras, as normas, as condutas.
Acabou-se aquela que não faz uma tatuagem porque x pessoa lhe diz que lhe fica mal.
Ama-me pelo que sou, pois eu já te amo pelo que és.
Se pensas que este texto é para uma pessoa em singular, enganas-te!
É para todas as pessoas que não me apoiam em 1 única coisa.

Tu que me apoias, nunca saberás o quanto agradecida estou.
Tu és vida, tu és alma, tu és amizade, tu és amor. 
Tu és tudo o que de melhor existe em mim.
Tu deixas o relativo para te tornares o absoluto.
Obrigada.

sábado, 18 de junho de 2011

Carpe Diem


Um dia de cada vez vamos vivendo neste mundo, uns mais que outros. Revejo a sensação de bem-estar, a sensação que me diz "estou em casa".
Sinto saudade do cheiro, do toque, da boca que me convida a percorrer as maravilhas do mundo, sinto falta daquelas mãos que me conhecem como ninguém, que me tocam como nenhum outro se atreveu a tocar e me exploram...
E os olhos... ai os olhos... Como me perco naquela imensidão de castanho sem ter fim, aqueles olhos que me lêem a mente, que me percorre tão por dentro do meu ser que custa até a respirar, e quando me penetra a mente com tais olhos profundos, sinto-me perdida num misto de carinho e saudade.
Quando a boca me alcança sinto um prazer nunca antes sentido, procurando fechar os olhos de imediato e deixar que haja borboletas no meu estômago (se essa sensação acontecesse somente quando me tomas os lábios...!), e então me perca no tempo em que me ofereces o teu beijo calmo.
E então soltas os meus lábios e encostas a tua cabeça no meu ombro, sentindo o meu cheiro, respiras profundamente enquanto me abraças forte. Não entendo.
Murmuro o teu nome preocupada, e então pedes-me sussurrando que permaneça calada enquanto aproveitamos o calor dos corpos, o cheiro das peles.
Voei, voei num tapete voador tal como Jasmine e Aladin, misto de sonho e realidade. Então olhei para ti novamente.
Abriste a boca mas não consegui perceber o que me dizias.
Escuridão.
Escuridão total. Perdida, levantei-me, chamei o teu nome. Nada.
Então ouvi... E soube... Estavas lá, mesmo não estando. Eras o calor, mesmo permanecendo o frio. Eras a luz, mesmo havendo escuridão.
Em suma, eras tu. Eras quem me fazia continuar a caminhar mesmo sem saber o caminho, na busca pela construção de pilares. Sim... Sim... Eras tu.
E então, abri a porta.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Natureza humana

A vida é um mar de emoções criadas pelo humano que inconscientemente a torna mais difícil a cada passo que dá, tornando-a cheia de mistérios e aventuras que por vezes o faz desistir de tudo pelo que lutou para chegar ali.
Tu não sabes se deverás ir para a direita ou para a esquerda pois tens vários problemas, um deles, saber qual a direita e a esquerda, o que te faz olhar para a tua mão e pensar "qual uso para escrever" e então faz-se luz.
Dentro deste turbilhão de mistérios que é a vida há inúmeras coisas que devias saber e a que devias habituar, mas como ser humano que és esqueces-te de como fácil seria se tivesses usado os miolos para resolveres o problema em vez de andares a chorar de mão em mão que não és mais capaz de viver sem teres x ou y, e como queres desistir.
Sim, eu sei o que isso é porque sou humana. E a Natureza humana é a pior, é capaz de ser a mais animalesca, a mais idiota e sobretudo, a mais irracional.
Animal racional o tanas! Quando chega a hora de matar a racionalidade vai para o diabo que o carregue e a loucura ataca, provocando dor e prazer.
Também eu já senti a sede de sangue, a raiva que floresce em nós quando, por mais tentemos nega-la, alguém nos tenta magoar ou magoar quem amamos, quando nos irritam tão profundamente que não somos capazes de raciocinar e fazemos as maiores atrocidades a outro como nós.
Como somos capazes sequer de dizer que somos um animal racional quando somos os maiores irracionais quando se trata de sangue, morte, fúria!
Então preparado ou não começas a mover-te, raciocinas, tentas ver a melhor saída, e então...
Choras! Gritas! Sorris! Procuras mistérios! Tentas resolve-los! Saltas! Atreves-te! Vives! Melhoras! Arranhas! Matas! Sentes... e por fim... Morres.
Porque a Natureza humana, serás sempre tu, serei sempre eu, seremos nós.

                                   Muda-a.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Labirinto

Caminho, percorro o tão famoso percurso que corríamos de olhos fechados, o caminho para o labirinto chamado coração.
Sinto-me perdida, procuro uma saída, uma forma de esquecer que exististe, uma forma de te apagar de vez, uma forma de te odiar. 
Choro por ser incapaz de o fazer, por ser incapaz de te deixar ir, por ser incapaz de entregar o meu coração a outra pessoa que não tu e acabar perdida novamente. Então choro para que doa mais, choro para que todo o meu ser se desfaça e então tudo acaba.
Olho o vazio, espero para ver se já partiste, mas ainda ali estás, com um olhar sereno pedindo-me para não chorar, fazendo promessas no silêncio, encorajando a continuar quando a minha dor é tão grande que me apetece morrer.
E agora sentada no final do labirinto pergunto-me, "terá sido o melhor?"...

Eu não tenho a resposta.
Tu não tens a resposta.
 
Então olho uma última vez para o labirinto e caminho em tua direcção.
Aconteça o que acontecer, estarás aqui, por mais dor que me causes, ao agarrar a tua mão, ao olhar nos teus olhos, ao ver-te sorrir, apercebo-me da única coisa que importa.

 






"Só tu importas"





O "sempre" que venha, estarei pronta a deixar-te ir quando quiseres voar, por que o amor não é sempre a vitória, o amor é a derrota também. E eu admito, perdi perante ti.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Apanhada


O dia acaba de começar.
Sento-me na cama, os lençóis de seda não são capazes de esconder a minha pele branca diante os primeiros raios de sol que entram pela janela, passo a mão pelo cabelo lembrando cada momento da noite passada.
Assustada olho para o lado encontrando-te deitado sereno como um anjo, faço menção de te tocar e detenho-me ao último milímetro.
Intocável.
Como um raio, esquecendo a minha nudez, levanto-me da cama e percorro o quarto recolhendo as minhas roupas, entro na casa de banho e olho-me ao espelho.
Marcas.
Sentimento de prazer percorre todos os meus poros. Percorrendo a minha mente à procura de um pouco de lucidez, dou por mim a acariciar cada marca feita por ti, e sorrio de lado com tamanhas lembranças.
Passo a mão novamente pelas longas madeixas e recupero a minha consciência.
Inspiro e expiro.
Visto-me, ainda sentindo o calor da tua pele na minha, os teus dedos percorrendo a minha pele, a tua boca na minha, os teus dentes nos meus ombros e então olho a minha imagem reflectida no espelho, "Mais uma noite...", suspiro e sorrio.
Abro a porta que dá para o quarto e olho a cama.
Desapareceste.
"Espero que não penses fugir de mim novamente", uma voz atrás de mim se prenunciou e eu soube que não ia sair daquela cama tão cedo.
Nós sabíamos que após sairmos daquele quarto começaria a corrida contra o tempo, e tu terias de me encontrar novamente.


- Porque no jogo da apanhada a dois, nenhum perde, ambos ganham. -

domingo, 29 de maio de 2011

A Perfeição e o Demónio


Vulnerável.
É assim que me sinto cada vez mais ao olhar nos teus olhos, é isso que me faz pensar em como a minha vida nunca foi mais que meras vivências passadas no quente frio de memórias algures perdidas na minha mente. Agora olhando-te nos olhos, sinto que me perdi, perdi-me pelo caminho da escuridão. 
A tua pele branca faz-te parecer um anjo, mas ambos sabemos o teu segredo. Por trás dessa aparência celestial existe o pior dos demónios.
Olhei nos teus olhos e roubaste-me a alma, roubaste-me tudo, deixaste-me as marcas das tuas chamas pelo meu corpo, reacendeste a chama infernal que há muito tinha apagado no meu ser. Fizeste o meu lado maligno voltar, fizeste-me ir para o lado das trevas com um beijo.
Chamas o meu nome com uma calma desconhecida pelos seres humanos e então sorris, mostrando ao mundo o pesadelo que afinal és.
Perfeito.
És perfeito de mais para seres filho do diabo, no entanto fui capaz de caminhar pelo lado errado para poder encontrar o teu sabor, o teu cheiro, o teu dom em tirar vidas.
Subitamente o mundo desvaneceu, fulminou-se com a chama que emanava de nós enquanto os teus lábios percorriam a minha carne.
Esperei pelo momento em que sugarias o resto da chama da vida de mim e o momento havia chegado. Usando os teus caninos perfeitos rasgaste os meus pulsos, deixando-os escorrer até que o brilho dos meus olhos desaparecesse e me fizesses tua escrava para sempre, e então, no ultimo suspiro da minha vida ouvi-te dizer "A perfeição não existe e tu agora, também não".
O meu sangue jazia no chão, os meus olhos agora sem vida mostravam as lágrimas derramadas e tu sorrias como se tivesses feito o melhor acto da tua vida demoníaca.


segunda-feira, 16 de maio de 2011

Suki dakara


Mais um dia na nossa insignificante vida.
Olho o telemóvel procurando por um sinal teu, nada.
Horas se passam e sigo sentada naquele banco de jardim olhando as flores e vou pensando em tudo o que passei a teu lado.
Pouco tempo, é o que me parece. E então desejo voltar aquele dia.
Despedidas à pressa, sem retorno. Então largo a tua mão e sorriu, como para dizer "até um dia" e então parto para não mais voltar ao aconchego dos teus braços.
Penso no futuro sem ti. Penso em todas as palavras que me disseste até hoje, em cada sorriso que me tens dado, na amizade fiel que temos e que sei que estará sempre presente. O meu coração treme ao pensar em ti e desisto de tentar.
Então apercebo-me do que sinto.
Choro. Choro sem parar de alegria por saber o que sinto.
"Suki dakara"
Olho o céu azul cobrir-se de nuvens, eu sorri, e começa a chover. O céu chora comigo, partilha a minha dor e a minha felicidade.
"Suki dakara"
Então penso em como quero voltar a sorrir assim, a sentir-me em casa, em ter um amigo tão presente como tens sido.
"Zettai Suki dakara"
E então levanto-me e caminho por um labirinto de sentimentos. Desisti de ti para poder fazer-te feliz.
"Karappo no watashi dake koko ni ite sakenderu"
E no final eu continuo a amar-te.
"Gomen ne, Suki dakara"

Since              
~ 21 Março de 2011 ~ 

sexta-feira, 13 de maio de 2011

One Day You Will Miss Me



Sentimentos corrompem a minha pura mente. Penso em ti, penso em nós, no que fomos, no que ficou.
Podia enumerar infinitas coisas que me fizeste, fazes e farás sentir, mas não teria sentido fazê-lo agora, quando no meu peito não existe nada mais que dor e sofrimento.
As linhas do destino cruzaram-se em nós, uma amizade douradora, morta pela distância, pelo tempo sem notícias, pelas saudades. E subitamente lembras-te que eu existo. Faz-se luz no teu ser e precisas da minha voz, do meu corpo, da minha língua, de tudo o que um dia tiveste e não podes ter mais.
Voltas as costas ao que um dia fomos e caminhas.
Preciso-te.

Necessito-te como água.
E então voltas como se nunca tivesses partido, recuperando o meu coração, acariciando-me nos lugares mais secretos. Descodificas-me, abres-me ao mundo, ensinas-me, partes-me em duas metades perfeitas, completas o que falta para me tornar perfeita e, subitamente, tudo se desvanece, deixando o rasto do teu cheiro na minha roupa, o calor do teu corpo na minha pele e a suavidade do teu toque no meu cabelo. Ainda sinto o teu sabor, ainda sei de cor todos os gestos, todas as expressões, prazer e dor, como só eu te proporcionava.
Voltas e vais.

Vou e volto.
E então caminhamos para lados opostos, como se a minha existência te fosse desconhecida, assim como a tua para mim, mas eu sei e tu sabes, que os nossos corpos sempre saberão o nome um do outro. O teu corpo vai gemer por mim e eu não estarei. Desvaneci, como tu fizeste para comigo.
E sentirás a minha falta. Pedirás que retorne, pedirás por mais, por sentir as minhas unhas cravadas na tua pele, por sugares a minha pele.
Não haverá.
Sentirás falta das minhas mãos percorrendo o teu corpo.
Não existirá.
Procurarás pela minha língua, pela minha boca.
Desapareceu.
E no fim, eu seguirei o meu caminho, deixando na tua pele o meu nome.
Vais sentir saudades quando partir, vais gritar o meu nome e eu irei seguir.

(Desde       
10-02-2009    
a pensar em ti) 

sábado, 8 de janeiro de 2011

Can I tell You a Secret?


Posso contar-te um segredo?
Prometes que fica entre nós?
Tenho medo dos trovoes e dos próprios relâmpagos, tenho medo de aranhas, tenho medo de magoar ou sair magoada, tenho medo de multidões, tenho medo de caminhar e tropeçar, tenho medo que me usem, tenho medo que me deixem sozinha, tenho medo de falar com pessoas e ser mal recebida.
Porque tenho medos sou humana.
Porque há trovões ou trovoada não quer dizer que eu vá parar de andar à chuva.
Porque há aranhas não quer dizer que não me aventure numa cabana velha.
Porque há multidões não quer dizer que vá ficar presa em casa.
Só porque posso tropeçar não me faz ficar sentada.
Só porque tenho medo que me usem não quer dizer que não vá ser quem sou.
Só porque podem-me deixar não quer dizer que eu não continue a caminhar.
Só porque tenho medo de falar contigo não quer dizer que não o faça.
Porque esta sou eu, porque são os medos que fazem de mim quem eu sou. Porque é por haver pessoas como tu, falsas e mesquinhas, que me fazem ter orgulho do que me tornei.
Em mim mesma.