quinta-feira, 28 de julho de 2011

Lies, You, Me



Minto a mim mesma.
Minto porque digo que vou esquecer e seguir. Quando o que vai na minha mente é ter mais um beijo e mais um toque.
Minto porque digo a mim mesma que não preciso de ti, quando simplesmente por te esqueceres de mim me sinto perdida no meu mundo.
Minto porque digo que sou feliz se estiver livre, porque adoro o calor de estar presa.
Minto porque digo que não preciso de ninguém para ser feliz, quando só desejo sentir-me amada por alguém.
Vivo num mundo de mentiras, mentiras que não vêm só de mim como dos outros.
Quando me fazem promessas e não as cumprem.
Quando me esquecem.
Quando me fazem sentir como se eu fosse nada.
O mundo mente, eu minto-me, tu mentes-me.
Habituei-me à mentira, habituei-me a ser esquecida e lembrada apenas quando sou precisa.
Continuo a seguir a minha vida, a pensar em como não consigo tirar-te da cabeça, mentindo-me. Digo que já não és nada, quando ainda és tudo. Digo que estou a caminhar, quando estou parada.
Não, não estou triste. Sinto-me feliz.
Não, não choro. Sorrio.
Porque eu mudei, porque eu não posso mais conter tamanhas mentiras. Porque o mundo continua a girar por mais que eu sofra por amor, por mais que chore, por mais que grite, não vai mudar o que sinto nem fazer com que me sinta mais feliz. Sorrir.
Por mais que o meu coração chame por ti e implore por te ouvir ou ver, eu não chamarei.
Sorrirei, sobreviverei. 
Porque em mim estão as promessas que um dia te fiz. (Be Happy)
Em mim está tudo o que te disse. (I Love You)
Em mim vive tamanho carinho por ti. (I Need You)
Em mim vive a menina que tem saudades de todos os sorrisos, em todas as parvoíces que fez, em todos os momentos loucos, contigo. (I Miss You)
Um dia, quem sabe um dia, possa sorrir e acreditar novamente que posso ser amada como um dia pensei que fosse. (Remember Me)
Um dia, talvez um dia.


«You can't see me, like I see you»

«I can't have You, like You have me»

«You can't feel me, like I feel You»

«I can't steal You, like You stole me»

sexta-feira, 15 de julho de 2011

I still need you



    No dia em que me mostrares a tua face perfeita tentarei de todo me livrar do feitiço que me prende a ti de maneira selvagem, esquecendo os meus princípios.
    Selvagem é a maneira correcta que vejo quando os teus olhos verdes percorrem a minha pele até alcançar os meus próprios olhos.
    Avanças como se não existisse amanhã e eu recuo como se fosses a coisa mais perigosa que me apareceu à frente.
    Prendes-me entre a parede e o teu corpo e então sorris como um felino que acabou de conseguir a sua presa.
    Penso no efeito que tens em mim e como me sinto bem, mas não é o mesmo.
    Encostas a tua cabeça no meu ombro, com os teus cabelos loiros molhados manchando a minha pele seca e sinto-te soluçar.
    A tortura que vivemos cada dia, passeia por entre as nossas veias e subitamente abraço-te e tento reconfortar aquele ser que um dia fizera parte do meu ser.
    Abraças-me de retorno sussurrando um "Eu amo-te" e penso em como estamos aprisionados numa cela quadrada sem uma única janela.
    Destinados a morrer olho-te nos olhos e simplesmente sussurro "Já te amei" e vejo dares um sorriso triste e avançares para os meus lábios.
    A nossa história acabou, mas tu viverás para sempre em mim.
  
    “Don’t leave me Peter… I still need you” I said. 

    And In your smile, I've seen all the truth…
    This was a goodbye.

«Todos os dias choro pela história que podia ser minha. Na realidade ela nunca será e eu serei sempre a espectadora. Nunca desejei tanto ser a tua personagem principal. Perdoa-me..."

terça-feira, 5 de julho de 2011

Desvanecer



Sentada no chão do meu jardim, olhando o céu azul sem nuvens, a vontade de chorar era imensa.
Senti como se o tempo se esvaísse por entre os meus dedos, o meu sangue desaparecesse por entre as minhas veias e o ar desaparecesse para sempre dos meus pulmões.
Derramei uma lágrima ao pensar no fim.
Quantas vezes planeara o dia em que ia morrer?
Quantas vezes tentara fazer com que fosse perfeito, que fosse a morte perfeita.
O dia em que os pássaros cantassem mais alto, em que o céu seria mais azul, o mundo teria paz, a vida seria calma, e todos arranjariam o amor da sua vida. A guerra acabaria, a vida ganharia um tom rosa e azul, e nada mais seria a preto e branco.
Então porque é que ao sentir o meu tempo chegar sentia como se não tivesse vivido o suficiente? Como se houvesse tanto para descobrir e eu falhara tão completamente que nem conseguia lembrar mais quem era?
O coração parou.
Conseguia ouvir ao longe o som do meu cão a ladrar como se aflito com algo. Tentei sorrir e deixei de ouvir. Os meus sentidos começavam-se a perder, deixavam de existir.
A minha visão começara a desvanecer-se. Estava tudo desfocado, a árvore à minha frente, o céu começava a perder a cor.
Ah! Assim é morrer, pensei eu como um desabafo a mim mesma, Menos mal, pensei que fosse algo com muita dor.
Então lembrei-me dos que amava, magnificas pessoas que iam sofrer ao saber o que acabara de acontecer.
Olhei o meu pulso cortado, esvaindo-se em sangue, manchando a relva do jardim, dando-lhe uma cor acastanhada.
Lamentava tê-lo feito, mas não pude evita-lo. Era de mais para mim.
Era de mais ver tanta gente sofrer por coisas que não conseguia ajudar a resolver. Coisas que me deixavam impotente.
Olhei o céu mais uma vez e sussurrei ao vento um adeus seguido de um sorriso e esperei que fosse levado a todos os que amava.

« Eu vivi a vida como um estranho, não aproveitei cada momento e hoje morro sem ter vivido realmente. »

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Nova perspectiva



Parem de tentar corrigir-me, parem de tentar fazer-me seguir caminhos pelos quais querem que siga, parem de me dizer o que fazer, como respirar, como falar, como movimentar-me.
Eu quero viver como eu quiser.
Eu quero fazer as maiores parvoíces enquanto ainda tenho tempo.
Eu quero continuar a ser a "suicide machine".
Eu quero ser a rapariga que olha para algo e imagina.
Eu quero sonhar!
Que importa se caiu e me magoo?
Eu sei que estou longe da perfeição.
Eu sei que sou demasiado teimosa.
Eu sei que faço tudo à minha maneira.
Eu sei que erro.
Mas eu sou eu.
Eu vou continuar a fazer asneiras porque ainda tenho tempo.
E quando o tempo acabar, eu quero pensar que fiz o que queria ter feito.
Quero sofrer por amor.

Saltar de um sítio alto.

Cair e partir alguma coisa.

Rir como uma louca.

Sentar-me no chão de um sítio com imensa gente só porque sim.
Quero experimentar todo o tipo de dor para poder dizer a quem amo o quanto dói e o que não deve fazer.
Eu quero, eu mando, eu faço.

«Stop there and let me correct it. I wanna live my life from a new perspective.»

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Amor será sempre Amor



Sentei-me no jardim da casa a observar o mar.
Pensei em cada momento que me fizeste passar, em cada sorriso que dei contigo.
Pensei em fugir novamente, mas por fim percebi que o meu amor não irá fugir.
Depois pensei em abandonar, mas dei por mim a pensar em nós.
Pensei em ficar, mas ao mesmo tempo não me sentia eu.
Então decidi seguir.
Aí o mundo voltou a girar.
Puseste a mão no meu ombro, as ondas batiam contra as pedras fazendo uma calma reinar sobre nós.
Acariciaste-o como se soubesses que precisava de conforto. Beijaste-o e por fim abraçaste-me.
Sabias sempre onde e quando tocar-me.
Sabias quando preciso do teu apoio e dos teus braços em contacto com a minha pele, com o teu cheiro e a tua respiração compassada contra mim.
Amor.
Amor esse que existe em mim.
Amor esse que me deixa viva.
Amor esse que me ensina a viver.
Amor esse que é amizade.
Amor esse que vai viver para sempre em mim.
Mesmo depois de ter desistido.
Porque o amor, é amor.

« Mesmo quando deixar de ser tua, irei sempre pertencer-te »