Sentei-me no muro alto à beira do penhasco, olhei com os meus pequenos olhos o mundo à minha frente e, por fim, suspirei.
A mente cansada não resistia ao carinho do vento e os meus cabelos vermelhos ondulavam ao sabor do seu maravilhoso canto, levando-me para os mais longínquos caminhos onde os meus sonhos mais irrequietos se encontravam.
Ah! Como eu dava o céu para poder ouvir o que o mundo me diz, para não ser parva ao ponto de cair, mas sim de olhar à volta e ver com olhos de gente o que me rodeia. Luz, cor, pessoas, e até mesmo o que não se pode ver ou sentir.
Olhei o céu sem muita atenção pensando em como os seres humanos não têm noção do que estão a perder, o desabrochar das flores, o canto do vento, o sorriso da lua e o carinho aconchegante do sol.
O sol despertava por trás da maravilhosa cidade e, por fim os meus olhos se abriram para a dura realidade.
Lisboa, era a cidade sem estrelas.
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