sábado, 18 de junho de 2011

Carpe Diem


Um dia de cada vez vamos vivendo neste mundo, uns mais que outros. Revejo a sensação de bem-estar, a sensação que me diz "estou em casa".
Sinto saudade do cheiro, do toque, da boca que me convida a percorrer as maravilhas do mundo, sinto falta daquelas mãos que me conhecem como ninguém, que me tocam como nenhum outro se atreveu a tocar e me exploram...
E os olhos... ai os olhos... Como me perco naquela imensidão de castanho sem ter fim, aqueles olhos que me lêem a mente, que me percorre tão por dentro do meu ser que custa até a respirar, e quando me penetra a mente com tais olhos profundos, sinto-me perdida num misto de carinho e saudade.
Quando a boca me alcança sinto um prazer nunca antes sentido, procurando fechar os olhos de imediato e deixar que haja borboletas no meu estômago (se essa sensação acontecesse somente quando me tomas os lábios...!), e então me perca no tempo em que me ofereces o teu beijo calmo.
E então soltas os meus lábios e encostas a tua cabeça no meu ombro, sentindo o meu cheiro, respiras profundamente enquanto me abraças forte. Não entendo.
Murmuro o teu nome preocupada, e então pedes-me sussurrando que permaneça calada enquanto aproveitamos o calor dos corpos, o cheiro das peles.
Voei, voei num tapete voador tal como Jasmine e Aladin, misto de sonho e realidade. Então olhei para ti novamente.
Abriste a boca mas não consegui perceber o que me dizias.
Escuridão.
Escuridão total. Perdida, levantei-me, chamei o teu nome. Nada.
Então ouvi... E soube... Estavas lá, mesmo não estando. Eras o calor, mesmo permanecendo o frio. Eras a luz, mesmo havendo escuridão.
Em suma, eras tu. Eras quem me fazia continuar a caminhar mesmo sem saber o caminho, na busca pela construção de pilares. Sim... Sim... Eras tu.
E então, abri a porta.

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