Um dia alguém me disse que amar era muito mais do que aquilo que eu sabia. Amar era muito mais do que alguém já havia presenciado. Amar é diferente para todos. Amar tinha muitos significados e nenhum em concreto.
Amar deixara de fazer sentido. Dizer "amo-te" deixou de ter qualquer significado.
Cantar canções de amor era algo que deixava de ter qualquer sentido, pois amar já não era amar.
E quando uma rapariga começou a sua busca pela palavra amor acabou por se perder numa infinidade de sentimentos que não eram mais que a mera mentira do mundo.
Dizer que existe uma cara-metade, uma alma gémea, agora sabia-se ser mentira, sabia-se não existir mais num mundo de dúvidas.
Há quem diga que amar é sentir falta da pessoa amada, é chorar por ciúme, é querer ter a pessoa por perto durante muito tempo e sofrer e sentir-se vazio quando ela se vai embora. Mas amar deixou de ser algo profundo quando deixou de ser vivido com intensidade.
Finalmente o mundo parou por algumas horas e reflectiu sobre isto. Amor. Amor. Amor.
- Porque me fazes apaixonar por ti se me vais fazer sofrer e chorar?
- Para que aprendas com os teus erros e cresças mais forte. Para que saibas que amar não é o que sentes agora, que amar não é chorar porque me vou embora ou sorrir quando me vês. Não é mais olhares para mim e sentires o coração bater. Amor é quando é mútuo, dizer que se ama verdadeiramente alguém é quando ambas as partes se unem e se sentem uma só. E isso não é o que acontece connosco e tu sabe-lo. Deixa-me ir e vive.
E foi ai que aprendi que amar-te não era o que devia fazer, e foi ai que percebi que era um adeus. E foi ai que chorei por dias e depois percebi que não havia nada a fazer.
E foi ai que o amor morreu, pois nunca havia existido em nós.