quinta-feira, 30 de junho de 2011

A luz do meu sorriso (Para a minha melhor Best'a)



Um dia estava sozinha.
Não via nada para além da solidão no meu coração.
Não queria nada para além do meu próprio abraço.
Não sentia nada a não ser o frio que entrava pelo vidro partido da minha janela.
Era um vazio enorme e eu pensei nunca o ver preenchido.
Então um dia decidi levantar-me.
Conheci pessoas, corri espaços, marquei momentos, fiz memórias, senti felicidade e chorei de alegria.
Então subitamente parei novamente de me movimentar.
Achei que estando sozinha poderia viver melhor do que alguma vez vivi.
Então subitamente apareceste fazendo-me rir, dizendo parvoíces que me deixavam feliz.
Então fui ao teu encontro e contigo aprendi a sorrir mais, contigo aprendi a viver melhor, contigo aprendi o verdadeiro significado da palavra amizade.
Porque eu choro contigo.
Porque me abraças quando preciso de ser abraçada.
Porque me ouves quando é necessário.
Porque és aquela pessoa que não me importo de passar horas com, pois sei que o assunto não acaba.
Viras-te o meu mundo de pernas para o ar, mudaste um pouco da solidão que havia em mim e mandaste-a para o cú de Judas.
Um sorriso.
Uma luz.
Um amigo.
Mas principalmente, um irmão.

Obrigada por existires na minha vida, Ricardo Salavisa Simões.

(P.S - A nossa música tá cá :D)

terça-feira, 28 de junho de 2011

Duas partes de um só. (Para o Melhor amigo)



Acordei um dia e tudo tinha mudado.
O sol virou escuro.
A lua iluminava o mundo.
O frio subitamente virou calor.
O calor virou frio.
As flores nasciam no Outono.
A neve caia no Verão.
Os arrepios deixaram de ser por haver frio, começaram a ser porque existia alguém especial.
Os arco-íris deixaram de ter apenas 7 cores e passaram a preencher todo o céu.
Os sentimentos de amor passaram a ódio.
O ódio reinava no mundo, destruindo tudo e todos à sua passagem.
Então o mundo passou a ser a preto e branco.
Então entendi.
Tu eras o mal e eu o bom.
Tu eras o preto e eu o branco.
Tu eras o Yin e eu o Yang.
Tu eras o tudo e eu o nada.
Tu eras o calor e eu o frio.
E então o mundo se refez, tudo porque nós existíamos, tudo porque éramos felizes.
Tudo porque sorri.
Então, numa cama de folhas feita por deuses, dormi agarrada a ti.
E quando acordei novamente, o mundo voltara a ser o mesmo, e eu percebi que eras especial para mim.

"Melhor Amigo, obrigada por todo o apoio que me tens dado, dedico-te o texto porque sei que o vais entender como ninguém, porque sabes que és importante. Serei tua amiga para sempre, lutarei sempre por esta amizade, e espero que me sejas sempre sincero, porque sabes perfeitamente que também o serei. Adoro-te."

«Every Day You save my life»

sábado, 25 de junho de 2011

A carta de despedida

“O dia começou frio como se soubesse o que se aproximava, como se previsse o futuro, mas uma pequena rapariga ignorou todos os sinais que lhe diziam «afasta-te!», «Não vás!» e continuou a percorrer o seu caminho. Saiu da sua pacata cidade de encontro ao gigante mundo da 'cidade grande' com a finalidade de ver os amigos e a pessoa amada.
Palavras sussurradas no vento daquela manhã fizeram com que a pequena rapariga se sentisse verdadeiramente segura nos braços do rapaz que amava. Não era um passeio normal para ela. Não, de maneira nenhuma. O cheiro dele, o toque dele, a voz dele... céus! Todo ele lhe despertava um arrepio diferente numa parte do corpo. O beijo, a carícia... Como ela o amava cada vez mais e mais e mais!
Então o tempo acabou... ela voltou para os amigos, divertiu-se e por fim à noite quando ninguém estava acordado chorou por não estar perto dele.
No dia seguinte a pequena rapariga sabia que estaria com o rapaz numa noite que seria a ultima das longas noites que passaria no seu quarto sozinha, então mimou-o. Mimou-o para que ele sentisse todo o seu amor, para que ele lesse cada bocadinho da alma que o amava. Pele na pele, boca na boca, tudo tão perfeito. Cada segundo com ele parecia mais perfeito que o anterior e então o peito apertou. E enquanto ele dormia a seu lado naquela noite a rapariga tocou-lhe vezes sem conta na sua cara e cabelo e chorou por não saber se seria a ultima vez que teria a oportunidade de estar assim com o seu amado. O dia chegou depressa. O rapaz acordou, ela amou-o. E então saíram e o seu peito ficou apertado, muito mais que da última vez. Procurou sorrir, mas ao olhar para ele só pensava que se iria embora, que podia nunca mais tocar no seu rosto ou beijar os seus lábios. E, subitamente, a frase dolorosa veio "precisas de arranjar outra pessoa" e o mundo da pequena rapariga ruiu em 1001 pedaços, desesperada ela respondeu-lhe que não o ia fazer. No interior a pequena rapariga queria desaparecer, mais uma vez os seus sonhos tinham desaparecido.
A rapariga voltou para a sua pacata cidade, chorou a noite toda pelo seu amor não correspondido e desapareceu da face da terra com a promessa dele no seu coração ‘serei sempre teu amigo’."

Esta é a minha carta de despedida, esta é uma eu que teme não sentir mais nada, esta é uma eu desesperada. Sim, esta sou eu. A mulher que ama. A mulher que sofre. A mulher que luta. A mulher que morre.

Esta é uma eu capaz de te dizer finalmente o que lhe vai na alma.
Eu amo-te. 


Sim... Esta sou eu...

Com amor,
Noel Fair. 
  

P.S- Não, não  é carta de suicídio. Factos puramente fictícios, não é como se me fosse embora do mundo ou da vida de alguém.
P.S.S - Sim, a rapariga da carta continuará viva e ainda continuará a gostar o rapaz. 

segunda-feira, 20 de junho de 2011

O Relativo e o Absoluto

Vivo num mundo onde o certo e o errado é relativo.
Onde o frio e o quente é relativo.
Onde até os sentimentos são relativos.
Enfim o mundo é um lugar estranho.
Hoje, como todos os dias, levantei-me com a particularidade especial de viver mais um dia à espera do milagre que não vem. Eu e mais milhões de pessoas.
Então decidi que estava cansada, estava cansada de ouvir o que me dizem e ser uma boa menina e fazê-lo. Decidi fugir às regras! Virar o MEU mundo de pernas para o ar. Viajar sem ter destino, direcção, lugar. Não por mais restrições aos meus comportamentos.
E então se sou criança?!
E então se sou irresponsável?!
E então se tu não gostas de mim?!
Eu serei eu.
Acabou-se a menina que segue as regras, as normas, as condutas.
Acabou-se aquela que não faz uma tatuagem porque x pessoa lhe diz que lhe fica mal.
Ama-me pelo que sou, pois eu já te amo pelo que és.
Se pensas que este texto é para uma pessoa em singular, enganas-te!
É para todas as pessoas que não me apoiam em 1 única coisa.

Tu que me apoias, nunca saberás o quanto agradecida estou.
Tu és vida, tu és alma, tu és amizade, tu és amor. 
Tu és tudo o que de melhor existe em mim.
Tu deixas o relativo para te tornares o absoluto.
Obrigada.

sábado, 18 de junho de 2011

Carpe Diem


Um dia de cada vez vamos vivendo neste mundo, uns mais que outros. Revejo a sensação de bem-estar, a sensação que me diz "estou em casa".
Sinto saudade do cheiro, do toque, da boca que me convida a percorrer as maravilhas do mundo, sinto falta daquelas mãos que me conhecem como ninguém, que me tocam como nenhum outro se atreveu a tocar e me exploram...
E os olhos... ai os olhos... Como me perco naquela imensidão de castanho sem ter fim, aqueles olhos que me lêem a mente, que me percorre tão por dentro do meu ser que custa até a respirar, e quando me penetra a mente com tais olhos profundos, sinto-me perdida num misto de carinho e saudade.
Quando a boca me alcança sinto um prazer nunca antes sentido, procurando fechar os olhos de imediato e deixar que haja borboletas no meu estômago (se essa sensação acontecesse somente quando me tomas os lábios...!), e então me perca no tempo em que me ofereces o teu beijo calmo.
E então soltas os meus lábios e encostas a tua cabeça no meu ombro, sentindo o meu cheiro, respiras profundamente enquanto me abraças forte. Não entendo.
Murmuro o teu nome preocupada, e então pedes-me sussurrando que permaneça calada enquanto aproveitamos o calor dos corpos, o cheiro das peles.
Voei, voei num tapete voador tal como Jasmine e Aladin, misto de sonho e realidade. Então olhei para ti novamente.
Abriste a boca mas não consegui perceber o que me dizias.
Escuridão.
Escuridão total. Perdida, levantei-me, chamei o teu nome. Nada.
Então ouvi... E soube... Estavas lá, mesmo não estando. Eras o calor, mesmo permanecendo o frio. Eras a luz, mesmo havendo escuridão.
Em suma, eras tu. Eras quem me fazia continuar a caminhar mesmo sem saber o caminho, na busca pela construção de pilares. Sim... Sim... Eras tu.
E então, abri a porta.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Natureza humana

A vida é um mar de emoções criadas pelo humano que inconscientemente a torna mais difícil a cada passo que dá, tornando-a cheia de mistérios e aventuras que por vezes o faz desistir de tudo pelo que lutou para chegar ali.
Tu não sabes se deverás ir para a direita ou para a esquerda pois tens vários problemas, um deles, saber qual a direita e a esquerda, o que te faz olhar para a tua mão e pensar "qual uso para escrever" e então faz-se luz.
Dentro deste turbilhão de mistérios que é a vida há inúmeras coisas que devias saber e a que devias habituar, mas como ser humano que és esqueces-te de como fácil seria se tivesses usado os miolos para resolveres o problema em vez de andares a chorar de mão em mão que não és mais capaz de viver sem teres x ou y, e como queres desistir.
Sim, eu sei o que isso é porque sou humana. E a Natureza humana é a pior, é capaz de ser a mais animalesca, a mais idiota e sobretudo, a mais irracional.
Animal racional o tanas! Quando chega a hora de matar a racionalidade vai para o diabo que o carregue e a loucura ataca, provocando dor e prazer.
Também eu já senti a sede de sangue, a raiva que floresce em nós quando, por mais tentemos nega-la, alguém nos tenta magoar ou magoar quem amamos, quando nos irritam tão profundamente que não somos capazes de raciocinar e fazemos as maiores atrocidades a outro como nós.
Como somos capazes sequer de dizer que somos um animal racional quando somos os maiores irracionais quando se trata de sangue, morte, fúria!
Então preparado ou não começas a mover-te, raciocinas, tentas ver a melhor saída, e então...
Choras! Gritas! Sorris! Procuras mistérios! Tentas resolve-los! Saltas! Atreves-te! Vives! Melhoras! Arranhas! Matas! Sentes... e por fim... Morres.
Porque a Natureza humana, serás sempre tu, serei sempre eu, seremos nós.

                                   Muda-a.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Labirinto

Caminho, percorro o tão famoso percurso que corríamos de olhos fechados, o caminho para o labirinto chamado coração.
Sinto-me perdida, procuro uma saída, uma forma de esquecer que exististe, uma forma de te apagar de vez, uma forma de te odiar. 
Choro por ser incapaz de o fazer, por ser incapaz de te deixar ir, por ser incapaz de entregar o meu coração a outra pessoa que não tu e acabar perdida novamente. Então choro para que doa mais, choro para que todo o meu ser se desfaça e então tudo acaba.
Olho o vazio, espero para ver se já partiste, mas ainda ali estás, com um olhar sereno pedindo-me para não chorar, fazendo promessas no silêncio, encorajando a continuar quando a minha dor é tão grande que me apetece morrer.
E agora sentada no final do labirinto pergunto-me, "terá sido o melhor?"...

Eu não tenho a resposta.
Tu não tens a resposta.
 
Então olho uma última vez para o labirinto e caminho em tua direcção.
Aconteça o que acontecer, estarás aqui, por mais dor que me causes, ao agarrar a tua mão, ao olhar nos teus olhos, ao ver-te sorrir, apercebo-me da única coisa que importa.

 






"Só tu importas"





O "sempre" que venha, estarei pronta a deixar-te ir quando quiseres voar, por que o amor não é sempre a vitória, o amor é a derrota também. E eu admito, perdi perante ti.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Apanhada


O dia acaba de começar.
Sento-me na cama, os lençóis de seda não são capazes de esconder a minha pele branca diante os primeiros raios de sol que entram pela janela, passo a mão pelo cabelo lembrando cada momento da noite passada.
Assustada olho para o lado encontrando-te deitado sereno como um anjo, faço menção de te tocar e detenho-me ao último milímetro.
Intocável.
Como um raio, esquecendo a minha nudez, levanto-me da cama e percorro o quarto recolhendo as minhas roupas, entro na casa de banho e olho-me ao espelho.
Marcas.
Sentimento de prazer percorre todos os meus poros. Percorrendo a minha mente à procura de um pouco de lucidez, dou por mim a acariciar cada marca feita por ti, e sorrio de lado com tamanhas lembranças.
Passo a mão novamente pelas longas madeixas e recupero a minha consciência.
Inspiro e expiro.
Visto-me, ainda sentindo o calor da tua pele na minha, os teus dedos percorrendo a minha pele, a tua boca na minha, os teus dentes nos meus ombros e então olho a minha imagem reflectida no espelho, "Mais uma noite...", suspiro e sorrio.
Abro a porta que dá para o quarto e olho a cama.
Desapareceste.
"Espero que não penses fugir de mim novamente", uma voz atrás de mim se prenunciou e eu soube que não ia sair daquela cama tão cedo.
Nós sabíamos que após sairmos daquele quarto começaria a corrida contra o tempo, e tu terias de me encontrar novamente.


- Porque no jogo da apanhada a dois, nenhum perde, ambos ganham. -